Da série: As coisas boas da vida

Esses dias eu estava dando uma olhada nos livros que eu tenho aqui no meu quarto, que são meus, totalmente meus, que morro de ciúmes por sinal.. e encontrei um que fazia um bom tempo que não lia ou vida. É um mini livro, daqueles que cada página vem somente com uma frase, e uma imagem.
Seu nome é: As Coisas Boas da Vida, de Anderson Cavalcante. Recomendo pra quem estiver passando por maus lençóis e quiser ver o que realmente vale a pena na vida!

"O mundo é mais gostoso pra quem sabe ver melhor... Que tal começar agora a ver a vida por outro ângulo?"

Cada um sabe e pensa no que é melhor pra si. Mas acho que cada momento é o que realmente deveria ser levado em conta na vida. Por exemplo: aqui eu lhes digo, você acha que se pensasse muito antes de fazer AQUELA coisa retardada que fazia com seu amigo antes, você teria realmente feito? Acho que não. Mas o que importa é que aquele momento valeu a pena! Veja sua vida por outro ângulo. As pessoas costumam valorizar idéias, comportamentos e atitudes. Você não deveria ficar calado, quando é a sua hora de levantar a voz. Você não deveria ser comportado quando deveria estar com quem quer estar, talvez até arriscando uma frase envergonhada. E, por fim, suas atitudes. Não deixe de fazer o que quer, por medo do depois. Se não deu agora, amanhã pode dar. No fim tudo dá certo, e se ainda não deu, é porque ainda não é o fim. Por isso: VEJA A VIDA POR OUTRO ÂNGULO! Amanhã pode ser tarde demais..

"Gente de coração grande sabe ver agrandeza nas pequenas coisas"

Uma mulher muda totalmente seu jeito após ter sua primeira experiência como mãe. Digo isso porque sei como é. Já vi casos assim, e estou vivendo isso. Antes de ter um filho, você pensa que o maior amor que sente é pela sua mãe/pai. Mas quando você vê aquela coisinha tão pequena, que estava dentro de você.. é, aí você percebe o quão pequeno era aquele amor. E o quão GRANDE e BOM é esse que você sente pelo seu filho. Pessoas de coração grande são as mães, principalmente. Mas há vários tipos de grandezas.. aquelas pessoas que ajudam os outros, aquelas que vêem que o mundo não deveria estar assim. Aquelas pessoas que não se sentem a vontade comendo na mesa, sabendo que alí menos, na rua, tem alguém passando fome e se cobrindo com jornal pra não passar frio. Essas sim são grandes. E essas sim merecem reconhecimento.

"Sempre é tempo de ser feliz, quem sabe voltar a ser criança?"

Hoje em dia as pessoas só pensam em dinheiro, trabalho, carros e tudo mais.. esqueceram de amor, de felicidade. "Eu quero a sorte de um amor tranquilo" Acho que me define. O mundo precisa de mais cor, de mais gente grande sendo criança. Tire um dia de folga do trabalho, saia com seus filhos.. vá aquele parque que você ia quando criança. Conte pra sua filha como foi seu primeiro amor, sua primeira vez.. jogue futebol com seu filho. Brinque com seu cachorro. Tome sorvete, se lambuze. O mundo precisa de mais gente assim! Se houvesse mais pessoas preocupadas em colorir as ruas, colorir a vida das pessoas, o fim não estaria tão perto. O presente não seria tão urgente, e o futuro só a Deus pertenceria. Você escolhe como deve seguir a vida, consequêntemente, o que fazer dela. Faça dela algo diferente, algo como nos velhos tempos. Um almoço com a família toda no domingo sairia bem! Combina com gente alegre, gente feliz..

Pense nisso. Ouça Cazuza, quem sabe ele te inspire como me inspira! Amanhã vou postar mais sobre o livro. Beijos e tente seguir esses conselhos.











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Missão

"Você me colocou para dormir
Acendeu a luz
Me manteve sã e salva
Durante a noite
Garotinhas precisam de coisas como essas

Escovou meus dentes
e penteou meu cabelo
Teve que me levar em todos os lugares
Você sempre esteve lá quando eu olhei para trás

Você teve que fazer tudo isso sozinho
Fez uma vida e fez um lar
Deve ser mais difícil do que parece

E quando eu não conseguia dormir a noite
Com medo das coisas não darem certo
Você estava lá para segurar a minha mão
e cantar para mim"


É complicado explicar o porque de algo assim me tocar tanto. Acho que pelo fato dela contar o jeito que alguém cuida dele. Como foi quando ela ainda era cuidada, protegida. Só que como ela mesmo diz, uma hora a borboleta tem que voar. Tem que criar asas, e sair. Conhecer o mundo.


Eu digo, é extremamente difícil - e triste - sair do colo, do aconchego dos pais. É difícil morar sozinha e estar sozinha em um domingo. Quando você deveria estar naquele almoço em família. É estranho você ligar a televisão e não brigar pelo controle com ninguém. É ruim você abrir a geladeira, e não ver nada do que sua mãe comprava pra você. É triste não ter ninguém pra discutir com você porque está passando tempo demais no computador. É só silêncio, eco e vazio.

A independência dói. Machuca. Mas ensina. Essa fase é um momento. Você ainda vai viver muito pela frente. Vai conhecer AQUELE cara, que até então, você pensava não existir. Vai querer se casar, coisa que você achava que só gente antiga sonhava. Vai querer ter o famoso casal de filhos. O menino mais velho. É bonitinho o irmão ter ciúmes da irmãsinha. A partir de então, a independência não via doer tanto. Agora você vai ter com quem almoçar aos domingos. Agora vai ter o que comprar pra sua geladeira. Além de pizza e água.

Mas mesmo assim, mesmo com toda essa felicidade.. vai ter um dia que você vai sentir vontade de sentar no seu quarto, na sua cama. Vai pegar aquela caixa velha, que está la no fundo do seu armário, na parte de cima. Vai despejar todas as fotos que tem de sua família. Aquelas fotos que relembram sua infância. Daquelas viagens à praia, ou a serra. Daquele sorvete na beira do mar. Com a sua mãe e seu pai. E então, aquela lágrima desce. Uma lágrima de dor, de angustia, de saudade. Mas ao mesmo tempo, uma lágrima de felicidade. "Missão cumprida" você pensa. Conseguiu, isso é verdade. Você cresceu, aprendeu, viveu, trilhou caminhos certos. E então você decide fazer uma visita aos seus pais. Naquela cidade pequena, vizinha a sua, que é grande. Grande, de congestionamento mesmo.

Quando chega lá, com a sua família. Seu marido e seu casal de filhos. Seus pais te olham, e choram com você. Sua mãe lhe abraça e sente orgulho de ter uma família assim.. vivida. Você vai até o local onde era o seu quarto. E está tudo lá, como era antes. Seus postêrs das bandas favoritas daquela época. Suas fotos. Sua Barbie toda ferrada. Sua cama, com a colcha de desenhos. Daquela época ainda. Seu espelho, cheio de figurinha de chiclete. Então você senta no chão, e olha em volta. Pensa em tudo que viveu.

E de repente, sua filha entra no seu quarto. Naquele quarto que você esteve lá, quando tinha a idade dela.

Então ela te olha, e diz: Mamãe, não chore.
E você pensa no quanto ela vai viver ainda. Você levanta, a abraça. E chora em silêncio. Sua filha ainda tem muito o que viver. Tem muito o que trilhar ainda. E você vai estar no seu cantinho, sofrendo em silêncio pela falta dela. Mas sabendo que ela está la, construindo a história dela. E vai sorrir com isso. É, sua missão foi cumprida.

"Lagarta na arvore
Como você sabia quem seria ?
Não pode ir longe
Mas você sempre pode sonhar

Desejo que você possa, e você vai
Não se preocupe, aguente firme
Prometo que vai chegar o dia
que a borboleta vai voar"

Música: Butterfly Fly Away, Miley Cyrus.

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Dores e perdas

Bom, do nada, hoje me deu essa vontadinha de voltar a escrever aqui. Acho que esses dias eu ando bem mais antenada com o que acontece e com as pessoas. E também ando bem mais viciada em escrever.


Eu estava no Twitter, conversando normal, quando uma pessoa manda o Formspring dele, divulgando, normal. Beleza, fui ver. Adoro fuçar. Quando entro, assim que bato os olhos lá, eu leio aquela pergunta: "Por que você não fala do seu pai nas coisas que você escreve?"
E ele respondeu: "Porque não tenho pai."

Sabe, eu não conheço o garoto. Apenas sigo ele no Twitter pelo que ele escreve. Mas eu nunca, repito, NUNCA, havia reparado que ele não citava o pai dele. Quando li aquilo eu congelei. Parece que tudo a minha volta parou. Eu parei. Fiquei olhando a foto daquele garoto.
Ele não tem pai, pensei. Eu reclamo tanto pro meu pai, eu brigo tanto com meu pai as vezes, que nunca parei pra pensar em como seria realmente, estar sem ele.

Mas voltando ao garoto que "não tem pai", eu parei pra pensar, de verdade. É meio complicado falar de coisas desse tipo, contando que eu sei sentir a dor do outro. De quem conheço e de quem eu não conheço também. E eu sei, que a pior dor, a pior falta, o pior eco, é o da saudade. É difícil encarar algo assim, uma notícia assim. Eu, que geralmente escrevo sobre crises, amores não correspondidos.. me faltam palavras. Eu só queria que ele, ou quem for, soubesse que eu estou aqui. Pra tudo. Quando li aquilo, me deu uma vontade de estar com ele, de abraçar ele e dizer que aquilo aconteceria com qualquer um.

Vai fazer 4 anos que eu perdi um tio. Num acidente de carro. Eu não culpo ninguém. Acho que quando chega a hora, chega mesmo. Não muda, está escrito. Só que a forma como eu recebi a notícia foi o que chocou. Nunca é legal receber uma notícia assim. Nunca é bom saber que perdeu alguém que você ama. Alguém que te amou e que faltou você no dia-a-dia da pessoa. Faltou mais "eu te amo" da sua parte pra ele. Faltou mais abraços. Faltou mais palavras sinceras e corações apertados. É estranho pensar que isso pode vim do nada, sem pedir, sem dar aviso. É até hipocrisia pensar que amanhã, pode não ser a mesma coisa. As mesmas pessoas.

E é por isso que tenho essa necessidade de amar, de estar junto. Um amor sem jogos, sem truques, sem meias palavras. Acredito no amor de um olhar, no amor de um abraço, no amor de uma palavra.. ou no amor de um silêncio. Esse último, muitas vezes, vale mais do que mil palavras.

Mas mesmo assim, é extremamente difícil dizer adeus. É complicado e dói ver alguém indo embora, alguém sendo enterrado. É angustiante pensar que não vai poder mais tocar aquela pessoa. Dói, dói mesmo. E é uma dor que pode passar, mas não desaparece. É uma saudade que deixa cicatrizes. E com o tempo, pode acalmar. Mas dentro de você a pessoa vai continuar, viva, bem viva, no seu coração. Nas suas lembranças, nas suas fotos. E vai ser sempre uma lembrança boa. Eu, por exemplo, só tenho a imagem do meu tio sorrindo. Não me lembro direito como foi o dia de seu enterro. Fiz questão de apagar. Mas a dor continua lá. A saudade ainda permanece. E vai ser sempre. Porque eu tenho a cicatriz. A cicatriz que toda aquela dor trouxe pra mim.

Porque temos que viver o dia de hoje como se fosse o último. Lembre-se SEMPRE de dizer o quanto você ama aquela pessoa, e o quanto você necessita dela. Porque você daria o ar que você respira pra ela. Porque é assim, o amanhã não nos pertence. E nunca pertencerá.

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Deixando bem claro que eu não sei o sentido do "Eu não tenho pai" que o garoto disse. Eu somente achei esse um bom tema pro texto. Perdão se entendi errado!

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